A vida extraordinária de Louis Wain: um pintor apaixonado por gatos
Você viu o filme "A vida extraordinária de Louis Wain"? Nascido em Londres (1860-1939), Louis William Wain é um pintor inglês conhecido por suas obras de arte representando gatos humanizados da Sociedade Britânica. Filho de pai britânico e mãe francesa, ele é o mais velho de uma família de 6 filhos.
Através de pinturas extravagantes, psicodélicas, originais e atraentes, ele exprime seu mal-estar, até mesmo sua loucura. Vale dizer que naquela época, o gato era considerado um animal selvagem que livrava casas e ruelas de roedores, ratos ou camundongos. As pinturas de Louis Wain conseguiram reconciliar os humanos com os gatos, elevando-os ao status de animais de estimação por excelência.
Louis Wain: sua história e vocação para os gatos
Casado com Emily Richardson em 1883, uma simples governanta, o senhor Wain já se libertava dos códigos sociais de seu tempo. Responsável por suas 5 irmãs órfãs, ele lhes dava regularmente um modesto cheque para atender às suas necessidades. Pintor talentoso e obsessivo, ele nutria um amor incondicional por um gato errante que recolheu com sua esposa. Infelizmente, ela sofria de câncer de mama em fase terminal. Somente o gato Peter conseguia aliviar a jovem. Após a morte dela em 1886, Wain mergulha em uma terrível depressão, se endivida até o pescoço e acaba internado em cuidados psiquiátricos.
Do caos emergiram quadros fantásticos ilustrando gatos de todas as cores, com grandes olhos salientes e apresentados em cenas do dia a dia (vestidos como pessoas civilizadas, fumando charuto, bebendo chá, lendo jornal, dirigindo carruagens ou jogando cartas ou um instrumento musical). Com o passar do tempo, suas pinturas populares se integraram perfeitamente na decoração londrina do século XX.
"Gatos de obra" que atravessaram os tempos modernos
A partir de 1880, Louis Wain produziu inúmeros desenhos, ilustrou centenas de livros infantis. Seus belos chefes-de-obra foram publicados em pôsteres, cartões postais, jornais, histórias em quadrinhos, revistas, incluindo o Louis Wain Annual... Sem ter nenhum senso de comércio, ele não pensou em proteger seus direitos autorais.
Através de paródias diárias, ele expressava com humor seu amor pelos gatos e zombava de nós, humanos. Em 1899, seu fiel companheiro, sua fonte de inspiração, faleceu. Wain foi eleito Presidente de um clube nacional de gatos para competições felinas e apoiou muitas associações sem fins lucrativos para os animais. Seu talento respeitado, ele influenciou positivamente a maneira como as pessoas viam os animais domésticos, ditos de companhia.
Finalmente, os médicos o diagnosticaram com esquizofrenia, e a Primeira Guerra Mundial aprofundou ainda mais sua pobreza. Ele morreu aos 79 anos. Em vida, nunca conseguiu enriquecer com suas próprias pinturas, que hoje valem ouro.
Se você quiser descobrir a vida de Louis Wain em imagens, assista ao trailer de seu filme biográfico:
Louis Wain não estava destinado a pintar gatos. Aliás, no início, ele trabalhava para a Imprensa e desenhava paisagens naturais e animais simples. O encontro com seu gatinho Peter e a perda trágica de sua esposa desencadearam no artista pintor um estranho toque de pincel e a criação de um novo universo de homens encarnados por gatos. Um verdadeiro deleite para nossos olhos e para os amantes de gatos!