Entrevista com um incrível talento: Emma e Joy
Aqui está uma nova entrevista exclusiva da Zoomalia sobre a história de uma adolescente e sua cachorra Joy, uma jovem chien pastor australiana. Talvez as tenham visto na televisão em 2018 no programa emblemático La France a un Incroyable Talent, não é? Então propomos uma sessão para quem perdou, imperdível sob qualquer circunstância.
Nossa repórter especializada teve a sorte de entrevistar Emma para que ela nos contasse sua bela história de amor com Joy para a vida toda. Além da sua atuação impressionante que combinava dancing dog e emoções, ela compartilha conosco sobre seu encontro com seu animal de estimação, seu destino, seu cotidiano, suas alegrias, suas tristezas, seu compromisso com os animais... Dica antes da leitura: prepare um lenço se você tem um coração sensível ou um coração de alcachofra ;-)
Crédito foto: Emma & Joy
Um talento incrível: a história de Emma e Joy
Conta-nos sobre teu primeiro encontro com Joy
Conheci Joy quando tinha 14 anos, de férias, durante uma semana na casa da criadora de Joy, que era próxima a mim. Eu já tinha me apaixonado por Joy antes de chegar, mas esse sentimento se confirmou durante toda a minha semana lá. Ela era a mais isolada da ninhada, e minha criadora e eu concordávamos que ela tinha um potencial físico.
Durante as visitas de famílias que procuravam adotar, ela não saía do meu colo enquanto os outros filhotes se aventuravam mais em direção às famílias, o que me deu um pouco a impressão de destino. Minha primeira impressão foi a de uma cadela muito empática com os seres humanos, muito atenta às emoções. Enfim, um amor à primeira vista difícil de explicar, mas era óbvio que ela deveria voltar comigo.
Crédito foto: Emma & Joy
A escolha do nome dela foi óbvia para ti?
O nome completo dela começa com N, para que ela esteja de acordo com a letra, mas não hesitei na escolha do seu nome "de uso" que para mim combina perfeitamente com seu rostinho. Joy era perfeito. Então, Joy me acompanha há 4 anos, desde que a adotei quando ela tinha 2 meses.
Sobre as tuas crises de epilepsia, com que idade Joy começou a detectá-las?
Ela reagia à minha epilepsia desde a sua chegada em casa, mesmo que claro, isso não tivesse nada a ver com os alertas atuais. Era mais como um filhote que fica louco naquela época haha.
Crédito foto: Emma & Joy
Uma relação fusional e telepática
Joy e tu são muito unidas, como explicas isso?
Joy e eu temos realmente uma relação especial. A maioria das pessoas que nos encontram me dizem que ela raramente tira o olhar de mim. Eu acho que é uma questão de confiança. Eu confio nela tanto quanto ela confia em mim, sempre atendi a todas as suas necessidades. Eu nunca a superprotegi, ela não é uma criança.
Ela sabe que eu não a colocaria em uma situação perigosa, e ela adapta suas reações de acordo comigo. Se ela tem medo de algo, mas vê que eu não expresso nenhum medo, ela acaba entendendo que não há razão para reagir assim.
Poderias dizer que ela mudou a tua vida?
O seu lado empático certamente teve um papel nesta relação tão próxima. Ela está comigo quase 24 horas por dia há anos, então eu me tornei seu ponto de referência, imagino. Eu não iria compará-la com uma pessoa ou uma amiga, porque a relação que tenho com ela é a de um cachorro e seu dono, mas ela hoje faz parte de mim.
Só posso ter em mente que mais de uma vez ela me preveniu de situações perigosas, até mesmo críticas, então eu devo muito a ela. É como se fosse uma mini-heroína ou o meu pequeno anjo da guarda.
Como surgiu a ideia de fazer dog dancing?
O dog dancing foi introduzido na nossa rotina bem cedo, porque Joy é uma cachorra muito ativa, sempre querendo aprender.
Quando a gente ficava entediada, aprendíamos truques com uma bola, e depois de um tempo isso se tornou repetitivo, então elevamos as coisas e começamos a aprender truques mais atípicos, e como era legal fazer isso com música, fomos levados gradualmente ao dog dancing sem perceber.
Emma e Joy no cotidiano
Vocês são pequenas estrelas da internet, já foram reconhecidas na rua?
Haha, é verdade que temos sorte de ter uma linda comunidade que nos apoia diariamente, e é incrível poder inspirar principalmente jovens meninas a cuidarem de seus animais. Quando eu ainda morava com meus pais, estávamos em uma cidade bem menor que Paris, então muitas pessoas vinham tirar fotos ou simplesmente conversar!
Agora que estou em Paris, é mais calmo e acontece ocasionalmente. Mas é verdade que por onde passamos, sejam jovens ou pais, avós, muitos reconhecem a carinha de Joy como "o cachorro da TV" haha. Sou muito grata por isso.
Joy faz muitas travessuras?
Joy faz poucas travessuras, ela sempre foi muito tranquila nesse aspecto. Mas já aconteceu de ela enfiar a cabeça no lixo (que traiçoeira!). Vale ressaltar que Joy é uma pilha de energia, ela é apaixonada pela bola dela e pelos frisbees (mas apaixonada mesmo).
Mas não vou negar que ela tem seus pequenos prazeres culpados, como comer o último pedaço de fruta que eu estou segurando, ou o fundo do compote!
Tem alguma anedota engraçada para nos contar?
É uma verdadeira tagarela, ela raramente late, mas nunca para de resmungar, de manhã para dizer bom dia, para ganhar carinho, para brincar, até mesmo dormindo ela murmura! Isso geralmente faz a alegria das pessoas.
Além disso, para não prejudicar sua imagem de cachorro perfeita, ela é bastante desastrada. Já aconteceu dela andar olhando para os pássaros atrás e bater num poste, ou correr e bater num vidro.
Crédito foto: Emma & Joy
O compromisso de Emma com a causa animal
Estás envolvida na causa animal?
Eu tento estar o mais envolvida possível na causa animal, especialmente porque somos uma geração que pensa muito no bem-estar dos animais. Às vezes, trabalho com a SPA ou outras associações que realmente me fazem perceber a difícil situação de muitos animais de estimação.
Muitas vezes esquecemos que um animal não é só diversão. Adotar um animal significa também despesas monetárias, compromissos em termos de férias, tempo a dedicar, energia. São responsabilidades.
O que gostarias de dizer às pessoas que sofrem de epilepsia?
Tive a sorte de ter Joy para a minha epilepsia, o que realmente reduziu a dificuldade de viver esta doença, assim como o risco, o medo de ter uma crise, de ter um estado de mal epilético, ou simplesmente uma queda ruim no pior momento. Mas sei que muitas pessoas têm muita dificuldade com essa doença que às vezes pode ser um verdadeiro inferno.
É justamente por isso que espero que o máximo de pessoas se conscientizem sobre essa doença, que tratamentos cada vez mais eficazes sejam encontrados. E mesmo em termos de cães de assistência, há tão poucos, é tão complicado implementar, mas é uma verdadeira ajuda no dia a dia. Graças a Joy, muitas vezes esqueço minha doença e posso comparar meu dia a dia ao de qualquer um sem sentir um handicap particular.
Se eu puder dar um conselho a qualquer pessoa com epilepsia, ou mesmo a qualquer pessoa em geral, é se aceitar, aceitar ser ajudado e não se comparar com ninguém. Se não nos encaixamos nos padrões atuais, então criamos nossos próprios padrões.
O que reter? Zoomalia não esquecerá tão cedo a dupla dançarina Emma e Joy, um talento incrível que chegou à semifinal. Como Laura e Koda, elas praticam perfeitamente o dancing dog, uma atividade esportiva canina que consiste em dançar com seu cachorro e realizar coreografias ritmadas e acrobáticas. Um aceno especial para Joy, essa cadela com olhar muito expressivo e fiel à sua dona aconteça o que acontecer.
Siga as aventuras delas:
Facebook
Instagram
YouTube
