O Axolote: Tudo Sobre essa Pequena Salamandra de Água Doce!

O Axolote fascina os cientistas, devido às suas capacidades surpreendentes. Ele também conquista os corações de um número cada vez maior de entusiastas de répteis graças ao seu eterno "sorriso" e sua aparência amigável. Este animal de aparência estranha, que poderíamos facilmente imaginar saído diretamente de um filme de ficção científica, é considerado fácil de criar e sua popularidade tem aumentado rapidamente nos últimos anos. Sua originalidade e bom temperamento fazem dele um bom companheiro, mas você realmente sabe tudo sobre este anfíbio extraordinário?

O Axolote, ou Ambystoma mexicanumi, não é um peixe de aquário comum. Ele nem sequer é um peixe. Esta pequena criatura original faz parte da grande família dos anfíbios. Se você quiser rastrear suas origens, saiba que é no México que seu incrível destino começou.

O Axolote vivia em vários lagos de água fria e prosperava pacificamente até sua descoberta pelo homem. Desde a primeira observação feita em seu habitat natural, essa salamandra original intrigou fortemente os cientistas. Capaz de permanecer no estágio larval durante toda a sua vida, o Axolote exibe características surpreendentes que geram grandes esperanças nos pesquisadores. 

Pertencente à ordem dos urodelos, este encantador pequeno animal mantém sua cauda, mesmo quando atinge a idade adulta, um estado físico raramente observado, seja na natureza ou em cativeiro. Trata-se mais de uma escolha feita pelo animal em condições de sobrevivência extremas, quando os corpos de água em que está acostumado a evoluir desaparecem devido ao aquecimento global, por exemplo.

O axolote chegou à Europa, de forma totalmente acidental. Este pequeno travesso se ofereceu uma viagem improvisada ao se infiltrar em uma entrega destinada a um jardim botânico localizado no velho continente. Hoje, os numerosos criadouros existentes nos permitem estudar cada vez mais em detalhe este animal incomum e isso é uma coisa boa, já que o Axolote está criticamente ameaçado de extinção em seu meio ambiente natural.

O Axolote é facilmente reconhecível. Seu corpo lacertiliano lembra vagamente o de um lagarto, com a diferença de que nosso pequeno anfíbio não possui escamas, mas sim uma pele lisa e quase transparente. Sua cabeça é sempre arredondada e relativamente plana, o que lhe dá essa aparência amigável e simpática, especialmente devido a uma boca larga que dá a impressão de que o animal está constantemente sorrindo.

De ambos os lados de seu crânio, encontram-se duas brânquias externas, que lhe dão uma aparência de alienígena simpático. Às vezes, dependendo do seu estado de excitação, as cores destas últimas aumentam em intensidade. Seu corpo alongado, muito próximo ao de um girino, possui quatro patas com dedos e não nadadeiras. Graças a essa característica, o Axolote caminha no fundo de seu aquário com muita facilidade.

Finalmente, seu corpo se completa com uma nadadeira que se estende desde a base de seu pescoço até sua cauda. Quando atinge a maturidade sexual, o Axolote pode medir quase 30 centímetros e pesar cerca de 110 gramas. As fêmeas são menos imponentes.

Com sua aparência jovial, poderíamos imaginá-lo dinâmico e brincalhão. No entanto, o Axolote é um animal particularmente calmo e pacífico. Ele também pode ser relativamente tímido. Se ele não se sentir perfeitamente seguro, ele facilmente adota um modo de vida noturno.

Em relação aos humanos, este anfíbio não mostra nenhuma agressividade. Geralmente é bastante curioso e, mesmo que tenha dentes pequenos, eles não são capazes de machucar. Portanto, você não precisa se preocupar com qualquer risco de mordida.

Mesmo parecendo pacífico, ele não é menos vulnerável ao estresse. Para evitar qualquer incômodo, sempre forneça diferentes esconderijos em seu habitat. Ele precisa desses refúgios para se sentir confortável.

Se permanecer em um ambiente aquático, no estágio larval, o Axolote pode se orgulhar de uma longevidade notável, podendo viver frequentemente de 15 a 25 anos. Na natureza, essa expectativa de vida é reduzida para 5 anos, se ele for forçado a deixar seu lago por conta de uma seca. Suas brânquias desaparecem, deixando seus pulmões assumirem.

De larva aquática a adulto terrestre evoluído, o que torna o Axolote tão fascinante não é tanto sua capacidade de evolução, embora ele possa atingir um estágio reprodutivo enquanto mantém a aparência larval, mas suas propriedades excepcionais de regeneração.

Se algum de seus órgãos for danificado, ou algum de seus membros gravemente ferido (perna, barbatana, cérebro, olho...), seu corpo o substitui. Porém, ele possui um sistema imunológico particularmente lento, o que o torna suscetível a várias doenças se a qualidade da água ou a temperatura são negligenciadas. Ele também não é um animal que você pode manipular à vontade, como faria com um coelho ou um cachorro. O Axolote é muito sensível ao estresse. É recomendado observá-lo e manipulá-lo o menos possível.

Você já deve ter entendido, o Axolote não é um animal de estimação com o qual você terá muita interação. Portanto, geralmente não é recomendado para crianças, a menos que a sua seja um pequeno cientista em ascensão, adepto da observação. O Axolote é o companheiro perfeito para aqueles que sabem respeitar sua necessidade de calma e, sobretudo, que resistam ao desejo de manipulá-lo regularmente.

Vivendo em aquário, você pode adotá-lo facilmente se a sua casa permitir a instalação de um aquário de tamanho suficiente para mantê-lo em boas condições. Seu aquário deve medir, no mínimo, 80 centímetros. Essas dimensões aumentam para 1,20 m se você planeja acolher dois indivíduos. A altura do aquário é menos importante. O Axolote ocupa apenas a parte inferior, no fundo da água. A temperatura da água deve ser cuidadosamente monitorada. O ideal é manter o aquário entre 17 e 21°C. Se o mercúrio subir acima de 22°C, a saúde do seu companheiro está em risco.

A água da torneira é, por uma vez, ideal para o seu animal. O Axolote precisa de uma água dura, calcária e não destilada. A presença de um sistema de filtração é possível, desde que se programe um fluxo extremamente lento. O Axolote não gosta de correntes, ele vive em águas paradas.

A reprodução do Axolote geralmente é gerenciada por cientistas que estudam esse animal fascinante e criadores especializados. Não é recomendado tentar isso em casa. Esta etapa só é possível após um ano de vida. A maturidade sexual só ocorre após este primeiro aniversário simbólico.

Na natureza, a época do amor para os Axolotes ocorre entre março e junho. Pouco tempo após a fecundação, a fêmea pode por centenas de ovos. O número é muito variável, de 100 a 1500. Duas semanas de paciência são suficientes para assistir à eclosão. A partir deste momento, as larvas começam a se devorar e apenas as mais fortes sobrevivem. Então, deve-se ser capaz de separá-las rapidamente para reduzir as perdas.

O Axolote, uma verdadeira charada científica, é um dos animais mais adoráveis que existe. Cativante, calmo e de aparência amável, ele precisa apenas de água fresca, pequenos esconderijos para se refugiar se se sentir ameaçado e deliciosos petiscos à vontade. Ele também é um companheiro mais para ser observado do que manipulado. Se você está buscando interação com seu animal de estimação, há muitos outros animais de estimação mais adequados às suas expectativas.