Dragão Barbudo: Tudo o que você precisa saber sobre ele!

Você é um terrariófilo iniciante ou experiente e está considerando adotar um dragão barbudo? Você está fazendo uma ótima escolha, mas você precisa saber algumas informações importantes sobre este grande lagarto. O dragão barbudo, Pogona vitticeps por seu nome científico, também chamado pogona na França, pode medir de 40 a 60 centímetros e pertence à ordem dos escamados, ou répteis com escamas.
É um dos animais mais populares entre os terrariófilos, pois, embora exija alguns cuidados específicos, é acessível a todos, incluindo iniciantes. Além disso, é sociável e não teme criar laços com humanos. Descubra neste artigo as origens desse animal, seu modo de vida e suas necessidades.

O dragão barbudo deve seu nome às escamas particulares que tem no pescoço e nas laterais da cabeça. Essas escamas são diferentes das outras escamas do seu corpo e têm forma de espinhos que ele pode eriçar ao inflar essa parte do corpo. Uma característica física que lhe é útil em momentos de estresse ou de combates com outros da sua espécie durante períodos de reprodução.

Pogona vitticeps foi descrito pela primeira vez em 1926, pelo zoólogo alemão Ernst Ahl. Inicialmente classificado no gênero Amphibolurus, hoje é classificado no gênero Pogona, na ordem dos escamados, subordem dos Sauria e infraordem dos Iguania. Está próximo de outros répteis, como camaleões e iguanas, com os quais compartilha algumas características.

Este animal de sangue frio tem como habitat natural as grandes regiões desérticas da Austrália, onde é endêmico. É encontrado principalmente em Nova Gales do Sul, Austrália Meridional, Território do Norte, Victoria e Queensland. Seu habitat consiste em savanas e desertos pedregosos, onde adota uma dieta onívora. De fato, ele se alimenta de folhas, flores, frutas, além de insetos, minhocas, aranhas e também pequenos animais, como roedores e outros lagartos menores que ele. O dragão barbudo é um caçador ágil e paciente que caça insetos e pequenos animais de tocaia.

O dragão barbudo é um animal diurno, ou seja, vive durante o dia e descansa à noite. Ele gosta do calor do sol ou, na falta deste, da calor artificial. Para respeitar seu ciclo circadiano, precisa de 12 horas de luz e 12 horas de escuridão por dia. Também aprecia temperaturas que lembram seu ambiente natural, a aridez, o calor dos climas das estepes tropicais a secas.

Se este réptil é tão bem-sucedido entre os terrariófilos, é por dois motivos principais. Primeiro, por seu aspecto atípico e sua grande beleza e, segundo, por seu temperamento dócil e comportamentos particulares.

Embora os dragões barbudos sejam frequentemente hostis entre si, eles não têm medo dos humanos e se aproximam facilmente deles.

A hostilidade entre os dragões barbudos faz com que seja desaconselhável tentar fazer com que dois machos coabitem no mesmo terrarium. Eles poderiam lutar repetidamente até a morte de um deles. A convivência entre duas fêmeas é possível se forem adotadas e colocadas juntas no terrário enquanto ainda são muito jovens.

O dragão barbudo é um lagarto de porte médio. Ao nascer, mede cerca de 8 centímetros, mas na idade adulta, pode alcançar de 45 a 60 centímetros de comprimento, com uma cauda que representa mais da metade do seu comprimento total. Pode pesar entre 250 e 500 gramas. As fêmeas são menores e mais leves que os machos.

Ele tem pernas finas, mas robustas, equipadas com dedos longos que terminam em garras impressionantes. Sua cabeça é larga, de forma triangular, cercada nas laterais e embaixo, no nível do pescoço, por escamas espinhosas. O dragão tem grandes olhos redondos, cor de mármore.

Os machos se distinguem das fêmeas pela presença de poros femorais localizados na parte interna das coxas. Esses poros servem para liberar feromônios que ajudam o macho a marcar seu território e atrair parceiras sexuais. Os machos também têm inchaços laterais na cauda, que são seus órgãos reprodutivos.

O corpo é coberto por escamas de cores diferentes. Logo após o nascimento, já é possível perceber qual será a cor dominante do dragão: marrom, cinza, areia ou laranja, com nuances mais claras em todas as partes do corpo.

Na natureza, o dragão barbudo tem uma expectativa de vida de 3 a 8 anos, em cativeiro, pode viver entre 6 e 10 anos. As fêmeas têm uma expectativa de vida menor, devido a múltiplas posturas que as enfraquecem. Elas raramente vivem mais de 8 anos.

No dia-a-dia, o dragão barbudo é fácil de manter, mas exige cuidados especiais, principalmente no que diz respeito à alimentação, temperatura e luz.

Se você adotar um pogona ainda jovem, isto é, com menos de um ano, deve saber que sua alimentação evolui com o tempo. No início da vida, ele pode comer até uma dúzia de grilos a cada dois dias. Os grilos podem ser polvilhados com cálcio para favorecer o crescimento do pogona. Nessa idade, o lagarto também pode comer pequenos pedaços de legumes ou salada.

A partir da idade de um ano, o dragão barbudo é adulto e pode então se alimentar principalmente de plantas, legumes como endívia, abobrinha, cenoura, alface, cortados em pequenos pedaços, mas não de frutas. Também deve ser fornecido baratas, gafanhotos, minhocas e grilos. Suplementos alimentares, principalmente vitamina D3 e cálcio, continuam necessários, mas não a cada refeição.

É importante que a água e a comida sejam colocadas no lado mais fresco do terrário.

O terrário deve ser suficientemente grande. Dimensões de 120 cm X 70 cm X 70 cm mínimo são necessárias para um dragão barbudo adulto sozinho. O terrário naturalmente não deve estar vazio, deve ser adequadamente equipado para atender a todas as necessidades do réptil. Assim, para a cama, a areia é totalmente proibida, já que pode ser ingerida pelo dragão, o que pode levar à obstrução dos seus intestinos.

Em seguida, é necessário providenciar um abrigo adequado à morfologia e ao tamanho do pogona. Deve-se levar em conta especialmente o tamanho, pois um abrigo concebido para um gecko, por exemplo, não seria adequado. O abrigo deve ser instalado na sombra, onde ele possa se refugiar. O terrário pode ser decorado com rochas, assim como galhos suficientemente largos para servir de poleiro.

O pogona é originário de um meio árido ou semiárido, portanto necessita de um terrário com uma temperatura elevada e uma luminosidade suficiente durante o dia, com UV-A e UV-B. Para satisfazer esses critérios, você pode instalar uma iluminação tipo néon UV, bem como um spot de 40 watts de potência em um dos lados do terrário. Esse lado será o ponto quente do habitat que deve ser mantido a uma temperatura entre 40 e 45 °C durante o dia. O outro lado, mais fresco, servirá para colocar a água e a comida.

Como o dragão barbudo precisa de 12 horas de luz durante o dia e de 12 horas de escuridão à noite, o néon e o spot devem ser desligados à noite para respeitar seu ciclo. No entanto, é preciso ter cuidado com as quedas excessivas de temperatura à noite. A temperatura de facto não deve descer abaixo de 16 °C durante a noite. Para alcançar isso, você pode usar um tapete aquecido.

Um banho de água a uma temperatura de 31°C melhora o conforto do pogona e ajuda a evitar o ressecamento da pele, além de ajudar na digestão.

Se você deseja criar vários dragões barbudos, deve saber que é importante evitar a coabitação de dois machos. Se você estiver interessado na reprodução de pogonas, saiba que isso é desaconselhado para iniciantes, pois é difícil de manejar. No entanto, deve absolutamente evitar ter apenas uma fêmea com um macho. Este último, no período reprodutivo, pode exaurir a fêmea ao ponto de matá-la. Portanto, deve haver duas fêmeas ovíparas para um dragão barbudo.

Os dragões barbudos atingem a maturidade sexual aos 18 meses e têm uma reprodução rápida, com um período de gestação de 21 dias em média. A fêmea põe ovos cinco vezes por ano, com ninhadas que podem chegar a 30 ovos por postura.

Em resumo, o dragão barbudo é uma espécie agradável de criar, com um comportamento interessante e, apesar de suas necessidades específicas, é fácil de cuidar. Além disso, não é uma espécie em extinção.

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